Curadores

Karen Acioly

Bacharel​ em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ​pós-graduada em metodologia do Ensino Superior, ​especializou-se na área d​as​ ​a​rtes​ multidisciplinares e gestão criativa de espaço cultural, ​com ênfase ​nas artes cênicas​, visuais e intercâmbios artísticos internacionais​, para os novos públicos. ​Como autora escreveu mais de 31 textos teatrais, sendo 28 deles já encenados e 15 premiados. ​Implementou a frequência do público infantil no Centro Cultural Light (1997 até 2001). Foi a primeira Coordenadora de Teatro infantil do Município do Rio de Janeiro (2001), ​e fundadora e diretora artística do Centro de Referência Cultura Infância​, no Teatro do Jockey​ (de 2003 a 201​4​). É criadora, curadora e diretora geral do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, o FIL-RJ, com edições anuais desde 2003. Até a presente data publicou 14 livros infantis e foi ganhadora do Prêmio Lucia Benedetti ​da ​F​undação Nacional do Livro Infanto-Juvenil ​Melhor Livro de Teatro (2008, 2010 e 2012, 2014, respectivamente). Roteirizou e dirigiu o I Encontro da Diversidade Cultural Brasileira (MinC RJ / 2010), e a Mostra Brasil Juventude​ ​Transformando com arte; nos anos 2006, 2008, 2010 e 2012. Dentre seus trabalhos mais conhecidos destacam-se "Experiência Yellow", "Fedegunda", "Bagunça, a ópera baby", e "Tuhu, o menino Villa-Lobos". É fundadora da Borogodó Empreendimentos Culturais Ltda - empresa responsável por suas produções teatrais, literárias e ​a​udiovisuais​. ​É​ membro fundadora do Grupo Nacional Cultura Infância que visa implementar uma Política publica​ de Estado​ para a Cultura Infância.​ Em novembro de 2016 recebeu a bolsa concedida pelo governo francês "Courants du Monde", na área de gestão Cultural. Atualmente participa como autora e roteirista de três núcleos criativos para desenvolvimento de series para TV​ destinadas ao público infanto-juvenil.

Sulanger Bavaresco

Natural de Videira/SC. Produtora cultural, diretora e atriz, é formada em Artes Cênicas pela UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina com especialização em Teatro Educação, atua no âmbito teatral desde 1984. É técnica cultural da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes desde 1987, onde criou em 1993, o Festival Isnard Azevedo - Floripa Teatro, evento pelo qual é atualmente responsável pela diretoria artística e coordenação geral. No período de 2004 a 2008 atuou como Gerente do Teatro da UBRO e desde 2011 é acadêmica da ACLA - Academia de Artes e Letras de Santa Catarina. Tem participado de diversas comissões de avaliação, seleção e julgamento de projetos e espetáculos artísticos e como curadora em festivais e eventos teatrais de diferentes estados do Brasil e no exterior. Desde 2005 participa ativamente da cena operistica de Florianópolis, como assistente de direção nas montagens de ópera pela Cia Ópera de Santa Catarina e como diretora de operetas pela Camerata Florianópolis. Pelo Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz dirigiu os espetáculos Agnus Dei, adaptação própria, em 1995; Quinnipak – mundos de vidro, adaptação própria em 2002 e 2005; Jardim das Delícias (parceria com Grupo Armação) em 2006 e 2008; Árias Públicas, em 2012; Um deus dormiu lá em casa, de Guilherme Fiqueiredo em 2012/15; e Spollium – as irmãs siamesas, de José Rubens Siqueira em 2014/16. Em 2016 dirigiu a ópera La Traviata, de G. Verdi em versão reduzida à convite da Sociedade Harmonia Lyra, na cidade de Joinville e a ópera Romeo et Juliette, de Gounod, em versão reduzida em Florianópolis. Em 2017 dirigiu versão reduzida da ópera A Flauta Mágica, de Mozart a convite do Polyphonia Khorus.

Afonso Nilson Barbosa de Souza

Dramaturgo e Gestor Cultural. Publicou em 2014 o livro Pequenos Monólogos para Mulheres (Chiado Editora/E-Galáxia), coletânea de textos teatrais curtos. Colaborador do site Teatrojornal, com matérias e textos sobre o teatro de Santa Catarina.  Participa regularmente de curadorias para mostras e festivais nacionais de artes cênicas. Em 2015 foi premiado pelo artigo O Ator Impuro, no Concurso Iberoamericano de Ensaios sobre Teatro – CELCIT 40 anos. Doutorando em teatro pela Udesc - Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina com pesquisa sobre dramaturgia contemporânea.


Sobre a Curadoria do Festival:


O Festival Toni Cunha vem se tornando ao longo das sucessivas edições um dos festivais mais visados por grupos de teatro de todo país. Nesta 5ª edição foram 412 inscrições, de praticamente todos os estados brasileiros. A diversidade de linguagens, a variedade de estéticas, bem como pluralidade de grupos, elencos e temáticas das propostas são características notáveis desta edição.

O critério primordial para escolha dos espetáculos foi a qualidade da encenação como um todo. O equilíbrio entre capacidades interpretativas, de manipulação de objetos, coesão cenográfica, coreográfica e musical, conjunto de atores, variedade de procedimentos criativos foram avaliados de modo a escolher espetáculos que atendessem às expectativas de um festival que vem, ao longo dos anos, se destacando pela inquietude estética que permeia suas seletivas.

Um fator de grande relevância na curadoria foi a participação massiva dos grupos da cidade. É raro, no âmbito dos municípios brasileiros de pequeno e médio porte, uma presença tão efetiva do movimento teatral na organização e na gestão de eventos públicos da importância de um festival nacional como o Toni Cunha, e mais ainda a disponibilidade de espetáculos de qualidade para compor a programação.

Com a expressiva quantidade de espetáculos inscritos, a comissão curatorial optou por estabelecer critérios eletivos para escolha dos grupos. Na categoria espetáculos nacionais, optou-se por privilegiar os espetáculos inéditos em Itajaí; a diversidade de linguagens no conjunto também foi levada em consideração, bem como a variedade de acesso às diversas faixas etárias.

Nesse sentido, a diversidade temática, a relevância destas temáticas no contexto social e político brasileiro atual foram significativas no conjunto escolhido. Temas contundentes como a violência de gênero, estão presentes em espetáculos como Dois Amores e Um Bicho – versão nº 2 (Cia. Experimentus Teatrais, Itajaí, SC), Berlim – Dois Corpos à Procura (Karma Cia. de Teatro, Itajaí, SC) e Momo – para Gilda com Ardor (O Estábulo de Luxo e Selvática Ações Artísticas – Curitiba, PR). 

Estéticas, autores e procedimentos contemporâneos de concepção cênica estarão presentes em Chapéuzinho Vermelho (Projeto GOMPA e Rococó Produções Artísticas e Culturais – Porto Alegre, RS); Kiwi (Projeto Grande Elenco – São Paulo, SP); Dadesordemquenãoandasó (Companhia Artera e Cia. Provisório – Definitivo – São Paulo, SP), Apto 401 (Grupo Porto Cênico, Itajaí, SC ) e O Dragão de Fogo (SIM! Cultura – Campinas, SP).

O teatro para infância, bem como a variedade de técnicas de animação de objetos e bonecos estarão presentes em espetáculos como A Cozinheira, o Bebê e a Dona do Restaurante (Companhia do Gesto – Rio de Janeiro, RJ); As Três Marias (Cia. Crias da Casa – Rio de Janeiro, RJ); O Gigante Egoísta (Artesanal Cia. de Teatro – Rio de Janeiro, RJ); Pô!Ema (Eranos Círculo de Arte, Itajaí, SC) e Um, Dois, Três: Alice! (Téspis Cia. de Teatro, Itajaí, SC).

Completando o conjunto, a comédia popular e a palhaçaria estarão representadas por espetáculos como Mazzaropi, um certo sonhador (Cia. Arte das Águas – Ibirá, SP); O Concerto da Lona Preta (Trupe Lona Preta – São Paulo, SP); Estapafúrdio (Charles Augusto – Itajaí, SC) e Primeiro Milagre (Grupo Risco de Teatro – Itajaí, SC).

A todos, público, artistas, técnicos e organizadores um excelente festival Toni Cunha!

Comissão Curadora